domingo, 13 de dezembro de 2009

Luiz Gonzaga, O Rei do Baião.


Eu, Gonzaguiano que sou, não poderia inaugurar esse marcador de outra forma senão falando do maior de todos os matutos, aquele que carregou suas origens por onde andou que nunca perdeu o seu sotaque e que nunca se esqueceu do seu lugar, estou falando do Pernambucano do Século, o Sr. Luiz Gonzaga do Nascimento, ou Luiz Gonzaga - O Rei do Baião.
Ele nasceu em 13 de Dezembro de 1912, na Fazenda Caiçara, em Exu, a 603 km do Recife, capital de Pernambuco. Sendo o segundo dos nove filhos do casal Januário José dos Santos e Ana Batista de Jesus (Santana). Batizado na Igreja Matriz de Exu recebeu o nome de Luiz, por ser o dia de Santa Luzia; Gonzaga, por sugestão do padre; Nascimento, por ter nascido no mês do nascimento de Jesus Cristo.
Com 8 anos de idade, Luiz de Januário, como era conhecido na época, já tocava nas festas junto com seu pai, mesmo contra a vontade de sua mãe. Aos 14 anos já se apresentava e ganhava dinheiro tocando nas festas dos arredores, em 1930, alistou-se no Exército Brasileiro, alegando ter 21 anos, em missão durante a Revolução de 30, segue para o Pará, Ceará e Piauí, interior do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Campo Grande. Ganha fama no exército e o apelido de "Bico de Aço", por ser um ótimo corneteiro. Foi durante esse período que ele conheceu, em Juiz de Fora, Domingos Ambrósio, que lhe ensinou mais alguns truques na sanfona, além de ritmos populares do Sul como valsas, fados, tangos, sambas.
Em 1939, quando deu baixa no Exército, seguiu para São Paulo e em seguida para o Rio de Janeiro. Passou então, a apresentar-se em bares carioca, nos cabarés da Lapa e em programas de calouros, como o de Ary Barroso, porém tocando músicas estrangeiras, e foi então, que numa dessas apresentações, um grupo de estudantes cearenses chamou-lhe a atenção para o erro que estava cometendo: “por que não tocar músicas de sua terra, as que Januário lhe ensinou?” E foi a partir daí que Luiz passou a vestir-se com roupas típicas do sertão nordestino, como o chapéu (inspirado no famoso cangaceiro Virgulino Ferreira, O Lampião, de quem era admirador), gibão e outras peças características da indumentária do vaqueiro nordestino, além de tocar e compor músicas do Sertão Nordestino, chegando a ser premiado no programa de calouros do Ary Barroso, com a execução de Vira e Mexe, música de sua autoria, que lhe proporcionou, inclusive, o seu primeiro contrato pela Rádio Nacional, no Rio de Janeiro.
Ao longo de sua carreira Luiz Gonzaga firmou grandes parcerias como, por exemplo, com Zé Dantas e Humberto Teixeira; No dia 06 de Junho de 1989, Luiz Gonzaga subiu pela última vez num palco, com o auxílio de uma cadeira de rodas. Ao lado de Dominguinhos, Gonzaguinha, Alceu Valença e vários outros amigos e parceiros, e desobedecendo às ordens médicas, Gonzagão levantou-se, apoiado no microfone, e fez um pequeno discurso louvando o forró e dizendo: “Quero ser lembrado como o sanfoneiro que amou e cantou muito o seu povo, o sertão, que cantou as aves, os animais, os padres, os cangaceiros, os retirantes, os valentes, os covardes, o amor...”
Em 02 de Agosto de 1989, às 5:15h, o grande porta-voz do Nordeste faleceu, deixando uma obra que traduz as tradições, o folclore, a cultura, os costumes, o linguajar e o cotidiano do povo nordestino em mais de 600 músicas gravadas nos quase 50 anos de carreira.
Se eu for contar toda história o post vai ficar muito comprido, então quem quiser saber mais sobre Luiz Gonzaga, existem alguns sites como o Luiz Lua Gonzaga e Gonzagão Online que tem um montão de informação sobre Luiz Gonzaga. Vou só deixar um vídeo massa que encontrei sobre Gonzaga, espero que gostem e tchau.


Fontes pesquisadas:
www.gonzagao.com.br , acessado em 08/12/2009
www.luizluagonzaga.mus.br , acessado em 08/12/2009

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